quarta-feira, 17 de junho de 2015

Balde de água fria nas Olimpíadas

Da redação

O Brasil está a menos de 365 dias dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no entanto, é possível notar os impactos da crise de água potável em todos os cantos do país. Em território fluminense não é diferente.

A população da região metropolitana da capital e de 66 cidades do Rio começam a ver o seu principal recurso hídrico, o rio Paraíba do Sul, a sofrer com chuvas abaixo das médias. Enquanto isso o Paraibuna, maior reservatório estadual, atinge o volume morto.

Em linhas gerais, a cidade carioca irá receber esportistas, jornalistas e turistas do mundo inteiro durante os quinze dias das Olimpíadas. Acrescenta-se a esse cálculo os nove milhões de habitantes da região.

Já passa da hora, talvez seja tarde, dos governos locais e o Comitê Rio-2016 preparem políticas eficazes para que uma prenunciada tragédia hídrica não venha a ocorrer. Decretar feriado durante os jogos, para que as pessoas saiam do Rio de Janeiro (portanto se supõe que os cariocas vão deixar a sede olímpica, uma cidade praieira, em plena "muvuca") não é medida suficiente para garantir o abastecimento de água durante os jogos.

Tão pouco basta fazer campanhas públicas de economia da água se não chover o suficiente nos próximos meses e não houver correção da governança política, no caso emergencial, quanto ao tema. De qualquer maneira, a preocupação dos gestores da Rio-2016 se dá para que a cidade e o país não passe vergonha no período.

No entanto, vergonha maior é ver as águas potáveis do Brasil, uma das maiores nações com esse recurso hídrico no mundo, serem aniquiladas por legislações controversas, políticas públicas incoerentes e ineficazes. Enfim, que a pior crise dos últimos cem anos logo passe e que, no final das contas, tudo seja resumido a águas passadas.


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