sexta-feira, 19 de junho de 2015

Minoridade esportiva


Da redação

 O trâmite da PEC-171 no Congresso Nacional,  projeto considerado por alguns como “estelionato social” e que reduz a maioridade penal,  também pode ser refletido no esporte. Há muitos e muitos anos, nos esportes e, especialmente o futebol, cada vez mais adolescentes são submetidos a contratos com grandes clubes do Brasil e do exterior.
A prática imputa um compromisso adiantado desses jovens em formação e, embora possam garantir um futuro esportivo para cada garoto, aceleram um amadurecimento , o início de cobranças e um conjunto de decisões a serem tomadas.
Portanto, se houver uma reflexão sobre minoridade esportiva, esta já se encontra na prática mesmo que os pais e responsáveis pelos atletas assumam o compromisso por eles. Logo, questiona-se sobre quais impactos estes fatos tem na vida psicossocial de cada jovem.
Claro que este assunto se encontra na linha tênue entre o particular e as influências generalizadas na “rapaziada”. É enganoso não reconhecer que cada um deles, conforme sua realidade social, personalidade e histórico de vida vai reagir de maneiras distintas.
No entanto, a provocação deve ser feita no sentido de levantar o debate sobre como o mundo da gestão de talentos esportivos tem envolvido adolescentes e as consequências deste padrão de comportamento milionário de negócios para eles. A quem realmente beneficia? Quais os limites dessa minoridade esportiva? Qual tem sido seu impacto sobre o futuro desses jovens? São questionamentos iniciais, que se desmembrados, podem revelar constatações que irão surpreender o mundo do esporte.

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