domingo, 14 de junho de 2015

Um ano depois...


Da Redação



Há um ano a saga do hexa se iniciava mais uma vez. Dessa vez, jogando em casa uma Copa, após 64 anos, e com uma torcida empolgadíssima após a conquista da Copa das Confederações, em 2013, sobre a campeã do mundo e favorita, Espanha. Os 62.103 torcedores presentes na Arena Corinthians viram a Croácia abrir o placar, aos 10 minutos de jogo, com um gol contra do lateral Marcelo. Mal sabiam esses torcedores que seria um presságio do que viria pela frente na competição. Na estreia, o Brasil até conseguiu vencer, com ajuda de um pênalti, no mínimo, duvidoso assinalado a nosso favor, pelo japonês Yushi Nishimura.

Após os 3 a 1 da estreia, um empate por 0 a 0 frente ao México, em Fortaleza. Na partida seguinte, em Brasília, a melhor atuação brasileira no torneio: 5 a 1, diante da fraca seleção camaronesa. Nas oitavas, uma bola na trave no último minuto da prorrogação salvou o Brasil de não ser eliminado pelo Chile. Antes mesmo da classificação nos pênaltis, os jogadores, incluindo o capitão Thiago Silva, já estavam chorando, mostrando total despreparo psicológico.  Contra a Colômbia, nas quartas, um bom primeiro tempo culminou na vitória por 2 a 1 e voltou a dar esperanças à torcida canarinho. 

A Alemanha, favorita ao título, seria o adversário na semifinal. A derrota deveria ser encarada com normalidade, apesar da confiança dos brasileiros. Neymar (machucado) e Thiago Silva (suspenso) eram desfalques brasileiros para o jogo. Apesar de tudo, ninguém poderia imaginar, nem o mais confiante dos alemães, o que estava por vir: um fatídico (e vergonhoso) 7 a 1. A derrota para a Holanda, por 3 a 0, na decisão do terceiro lugar, só complementou o desastre. Fim do sonho e o hexa adiado por, pelo menos, mais quatro anos.

Um ano se passou de lá para cá e pouca coisa mudou. A reformulação geral esperada por todos no futebol brasileiro, não aconteceu. Felipão deixou o comando técnico, como deveria ser, e as especulações começaram. Tite, campeão de tudo no Corinthians, era a aposta certa. Muitos, me incluo, sonhavam com um treinador estrangeiro. Guardiola, que chegou a se oferecer a seleção em 2012, após a saída de Mano Menezes, poderia ser um nome. Mas a CBF preferiu dar um passo atrás e optou pela volta de Dunga, um escudo forte para proteger os chefões da Confederação.  Pouco antes de Dunga, Gilmar Rinaldi, outro campeão do mundo em 1994, já tinha assumido o cargo de coordenador de Seleções da CBF. 

A dupla Dunga/Gilmar mostrou poucas novidades durante esses onze meses à frente do Brasil. A ideia mais interessante foi fazer um cargo rotativo na comissão técnico, que está sendo ocupado por ex-jogadores que já passaram pela seleção. Nomes como Jairzinho e Mauro Silva já ocuparam a função. Dentro de campo, foram dez jogos, todos amistosos, e dez vitórias, incluindo triunfos diante da Argentina e França, em Paris. 

Dunga é um treinador de resultados, já demonstrou isso na sua primeira passagem e vem mostrando isso agora. Ele não vai renovar, muito menos reformular o futebol brasileiro. Mas podemos esperar um time competitivo, contra qualquer adversário. Cabe a nós julgar se é certo ou errado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário