Da Redação
Há um ano a saga do hexa se
iniciava mais uma vez. Dessa vez, jogando em casa uma Copa, após 64 anos, e com
uma torcida empolgadíssima após a conquista da Copa das Confederações, em 2013,
sobre a campeã do mundo e favorita, Espanha. Os 62.103 torcedores presentes na
Arena Corinthians viram a Croácia abrir o placar, aos 10 minutos de jogo, com
um gol contra do lateral Marcelo. Mal sabiam esses torcedores que seria um
presságio do que viria pela frente na competição. Na estreia, o Brasil até
conseguiu vencer, com ajuda de um pênalti, no mínimo, duvidoso assinalado a
nosso favor, pelo japonês Yushi Nishimura.
Após os 3 a 1 da estreia, um
empate por 0 a 0 frente ao México, em Fortaleza. Na partida seguinte, em
Brasília, a melhor atuação brasileira no torneio: 5 a 1, diante da fraca
seleção camaronesa. Nas oitavas, uma bola na trave no último minuto da
prorrogação salvou o Brasil de não ser eliminado pelo Chile. Antes mesmo da
classificação nos pênaltis, os jogadores, incluindo o capitão Thiago Silva, já
estavam chorando, mostrando total despreparo psicológico. Contra a Colômbia, nas quartas, um bom
primeiro tempo culminou na vitória por 2 a 1 e voltou a dar esperanças à
torcida canarinho.
A Alemanha, favorita ao
título, seria o adversário na semifinal. A derrota deveria ser encarada com
normalidade, apesar da confiança dos brasileiros. Neymar (machucado) e Thiago
Silva (suspenso) eram desfalques brasileiros para o jogo. Apesar de tudo,
ninguém poderia imaginar, nem o mais confiante dos alemães, o que estava por
vir: um fatídico (e vergonhoso) 7 a 1. A derrota para a Holanda, por 3 a 0, na
decisão do terceiro lugar, só complementou o desastre. Fim do sonho e o hexa
adiado por, pelo menos, mais quatro anos.
Um ano se passou de lá para cá
e pouca coisa mudou. A reformulação geral esperada por todos no futebol
brasileiro, não aconteceu. Felipão deixou o comando técnico, como deveria ser,
e as especulações começaram. Tite, campeão de tudo no Corinthians, era a aposta
certa. Muitos, me incluo, sonhavam com um treinador estrangeiro. Guardiola, que
chegou a se oferecer a seleção em 2012, após a saída de Mano Menezes, poderia
ser um nome. Mas a CBF preferiu dar um passo atrás e optou pela volta de Dunga,
um escudo forte para proteger os chefões da Confederação. Pouco antes de Dunga, Gilmar Rinaldi, outro
campeão do mundo em 1994, já tinha assumido o cargo de coordenador de Seleções
da CBF.
A dupla Dunga/Gilmar mostrou
poucas novidades durante esses onze meses à frente do Brasil. A ideia mais
interessante foi fazer um cargo rotativo na comissão técnico, que está sendo
ocupado por ex-jogadores que já passaram pela seleção. Nomes como Jairzinho e
Mauro Silva já ocuparam a função. Dentro de campo, foram dez jogos, todos
amistosos, e dez vitórias, incluindo triunfos diante da Argentina e França, em
Paris.
Dunga é um treinador de
resultados, já demonstrou isso na sua primeira passagem e vem mostrando isso
agora. Ele não vai renovar, muito menos reformular o futebol brasileiro. Mas
podemos esperar um time competitivo, contra qualquer adversário. Cabe a nós
julgar se é certo ou errado.
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